Fonte: ADA – American Diabetes Association
Notícia publicada em: 25.10.2013
Autor: Indefinido
A American Diabetes Association está pedindo a todas as empresas farmacêuticas, envolvidas com o desenvolvimento ou comercialização de medicamentos baseados em incretinas para que disponibilizem os dados sobre pacientes tratados com os seus produtos, para uma revisão independente que poderia ajudar a resolver a dúvida sobre quais terapias contribuem (ou não) para o desenvolvimento da pancreatite ou câncer pancreático.
A terapia com incretinas refere-se a medicamentos tais como agonistas do receptor GLP-1 e inibidores DPP-4, usados para melhorar o controle do Diabetes e promover uma maior perda de peso, usados isolados ou associados a outros medicamentos tais como metformina ou insulina. As publicações recentes têm intensificado a controvérsia ao redor do potencial papel da terapia com incretinas no desenvolvimento da pancreatite e neoplasia pancreática, em pessoas com o Diabetes Tipo 2.
“A Associação está comprometida com a melhora das vidas de todas os indivíduos com Diabetes, assegurando um amplo espectro de terapias seguras e efetivas, disponíveis para satisfazer as necessidades de saúde pessoais desses indivíduos,” explica o Dr. Robert Ratner, MD, FACP, FACE, Chief Scientific & Medical Officer, American Diabetes Association. “As pessoas que estão sendo tratadas com esses medicamentos ou que estão considerando esses tratamentos precisam conhecer tudo que se sabe atualmente sobre os riscos e vantagens envolvidos, para que possam tomar as melhores decisões possíveis sobre o tratamento e os cuidados que vão escolher, junto com seus provedores de saúde.”
Muita da controvérsia recém surgida aponta para o papel das incretinas, como possível causa de pancreatite e neoplasia pancreática. As análises dos bancos de dados administrativos sugerem que não há efeito para pancreatite ou apenas um pequeno risco associado com a terapia com incretinas, mais isso é menor que o risco relacionado com a obesidade ou com a ingestão de álcool. Um recente ensaio de caso-controle examinou espécimes de autópsias que sugerem um pequeno risco da exposição à sitagliptina ou exenatida, para o pâncreas de um pequeno número de indivíduos com Diabetes Tipo 2, se comparados com indivíduos não diabéticos ou pacientes diabéticos tratados com outros medicamentos, que não incretinas. Essa análise tem sido criticada do ponto de vista metodológico e permanece não confirmada.
Para esclarecer essas questões e informar os pacientes e provedores de saúde, sobre essa controversa área, a Associação está propondo uma revisão independente de todos os dados clínicos e patológicos.
Para esse fim, a Associação está pedindo a todas as empresas farmacêuticas, que comercializam ou desenvolvem terapias com incretinas, para que disponibilizarem dados sobre os pacientes e sobre todos os indivíduos envolvidos em ensaios regulatórios para que possar fazer uma análise independente. A Associação propõe um pedido para atrair a ajuda de organizações acadêmicas e de pesquisa, capazes de integrar grandes bancos de dados de experimentos, para que se possa esclarecer o papel da terapia com incretinas na patologia pancreática.