Fonte: portal hospitaisbrasil
Notícia publicada em: 09.06.2015
Autor: Neise Montenegro.
Dia 9 de junho é o Dia da Imunização
As vacinas do seu filho estão em dia? Essa é uma pergunta que deve sempre ter resposta positiva, pois é uma importante medida de prevenção. É a partir das vacinas que o organismo cria a defesa necessária contra determinadas doenças provocadas por vírus e bactérias. “As vacinas são desenvolvidas para estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos. Uma vez exposto ao vírus ou bactéria, o organismo reage criando defesas, impedindo a infecção”, explica a coordenadora da UTI Neo do Hospital Esperança Recife (PE), Neise Montenegro.
Ainda na maternidade devem ser aplicadas as primeiras vacinas do bebê, que são BCG e anti-hepatite B. Essas vacinas protegem contra as formas graves de tuberculose e contra a hepatite B, respectivamente. Neste momento é entregue a mãe o cartão de vacinas do bebê com as recomendações de seguimento vacinal. No momento da alta os pais também recebem um livrinho onde constam informações importantes sobre o nascimento da criança, sobre a amamentação e os cuidados durante os primeiros dias do bebê.
Existem vacinas obrigatórias, aplicadas em dose única ou reforços de acordo com a idade. Essas vacinas podem ser por injeção ou via oral. Algumas causam efeitos colaterais, como febre, dor e edema no local da aplicação. “Em geral, os sintomas surgem em até 48h após tomar a vacina e desaparecem em dois dias. O recomendado é acalentar o bebê e compressa fria no local da picada. A limpeza da região apenas com água e sabão neutro na hora do banho de rotina. Caso tenha febre, pode ser utilizado um antitérmico, com orientação médica”, explica a pediatra.
Uma série de vacinas deve ser iniciada nos primeiros seis meses de vida e com reforços, conforme recomendações, para garantir uma boa defesa. “Como o sistema imunológico da criança ainda está em formação, é fundamental que os pais sigam o calendário à risca, para proteger os filhos de doenças como tuberculose, coqueluche, difteria, tétano, caxumba, rotavirus, pneumonia e meningite, por exemplo”, explica a médica. Outro alerta que a profissional faz é que a maioria dos pais tem atenção ao calendário vacinal nos primeiros anos de vida, mas esquece de verificar a atualização do cartão de vacinas quando os filhos crescem. Existem vacinas que necessitam de reforços regulares para manter a defesa. É o caso da antitetânica e outras que são recomendadas na adolescência, como a HPV, que protege contra câncer e verrugas. “Vacinação é uma tarefa que não deve ser negligenciada, pois a prevenção é fundamental”, orienta a médica.
Além de ser importante para proteger a criança, a vacinação também previne a comunidade, pois evita a proliferação de doenças e auxilia na erradicação, como ocorreu a poliomielite ou paralisia infantil. No Brasil, o último caso registrado data de 1990, de acordo com o Ministério da Saúde.