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Estatinas para Pacientes com Diabetes: ADA – Novos Guidelines retomam tratamento de rotina com Estatina para pacientes com Diabetes maiores de 40 anos.

Autora: Sarah Wickline Wallan Fonte: MedPage Today

A partir de 40 anos de idade, essencialmente todos os pacientes com Diabetes devem ser colocados em terapia com estatina.

Esta é uma recomendação consistente com outros guidelines de sociedades médicas focadas em cardiologia, de acordo com o guideline da American Diabetes Association (ADA) publicado no Diabetes Care.

Em Junho de 2014, no meeting anual da ADA, especialistas expressaram preocupação sobre as diretrizes nacionais publicadas pelo American College of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA) para o tratamento de lipídios. Porém, o novo Standards of Medical Care da American Diabetes Association agora está em consonância com as recomendações da ACC/AHA.

“A grande diferença aqui é recomendar o início com estatinas de moderada ou alta intensidade com base no perfil de risco do paciente e não no nível de LDL. Posto que todos os pacientes com Diabetes são de alto risco, é só uma questão de decidir começar com doses de moderada ou alta intensidade,” comentou em um comunicado de imprensa, Richard W. Grant, MD, MPH, cientista pesquisador no Kaiser Permanente e presidente do Comitê de Prática Profissional da ADA.

Como os pacientes com Diabetes apresentam alto risco de desenvolver doenças cardiovasculares, as novas diretrizes da ADA recomendam que todos os diabéticos com idade entre 40 e 75 anos devem receber terapia com estatina de intensidade pelo menos moderada. E todos os pacientes diabéticos entre 40 e 75 anos com doença cardiovascular estabelecida, e que apresentem qualquer outro fator de risco para doenças cardiovasculares, devem ser postos em terapia de alta intensidade, com estatina.

“O início do tratamento (e a dose inicial de estatina) é agora determinado principalmente pela situação de risco, ao invés do nível de colesterol LDL,” escreveu o comitê.

Outra mudança nas diretrizes da ADA é um relaxamento na meta de pressão arterial diastólica, de 80 mmHg para 90 mmHg, em pacientes com Diabetes. E o novo documento traz uma ligeira mudança nas metas de glicemia: para glicemia pré-prandial, de 80-130 mg/dL ao invés da meta anterior de 70-130 mg/dL.

Uma recomendação completamente nova na seção 14 do documento, conhecido como Standards of Medical Care, antigamente chamado “Clinical Practice Recommendations,” tratou da atividade física não só para pacientes com Diabetes, mas também para a população como um todo.

Exercício físico regular sempre foi um ponto importante, mas a nova diretriz agora também orienta que as pessoas se levantem e se movimentem a cada 90 minutos ou menos durante períodos sedentários. Para pacientes com Diabetes em especial, as recomendações incluem treino de resistência pelo menos duas vezes por semana, além de outros exercícios regulares.

Outras alterações no guideline da ADA incluíram reduzir o ponto de corte de IMC de 25 kg/m² para 23 kg/m² para screening de Diabetes em Americanos de Origem Asiática, devido a pesquisas que sugerem que essa população tem maior porcentagem de gordura corporal quando comparada com outras raças e etnias com o mesmo IMC.

Americanos de origem asiática também tendem a acumular maior quantidade de gordura abdominal em comparação com o armazenamento de gordura em membros periféricos, afirmou o relatório.

Estas novas recomendações são consistentes com American Association of Clinical Endocrinologists and the American College of Endocrinology 2014 Advanced Framework for a New Diagnosis of Obesity as a Chronic Disease, que promoveu uma abordagem abrangente, incluindo ajustes baseados em etnia para pontos de corte de IMC, com base na circunferência abdominal, entre outros fatores de risco metabólico.

Uma nova seção foi adicionada ao guideline este ano para gestão de Diabetes durante a gravidez. Dentro desta seção, a ADA recomenda um teste de screening de uma etapa para Diabetes Gestacional.

Para crianças e adolescentes com Diabetes, as novas normas recomendam uma meta de HbA1c de menos de 7,5%. Isso está em conformidade com Position Statement da ADA publicada previamente em 2014. “Nós já revisamos nossas recomendações, como fazemos todos os anos, de forma a refletir as melhores e mais recentes pesquisas que influenciam o tratamento de pessoas com Diabetes,” Jane Chiang, vice-presidente sênior de assuntos médicos da ADA e divisão de informações da Comunidade, disse em um comunicado de imprensa. “Prestadores de serviços de saúde sabem que as normas da Associação contêm as informações mais atualizadas.

No entanto, queríamos ajudar os leitores a navegar através da sobrecarga de informações e sentimos que um novo formato permitiria um acesso mais fácil,” disse ela

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