Tomar esta droga comumente usada no tratamento de Diabetes Tipo 2 durante a gravidez foi associada a um risco aumentado de que a criança fique com sobrepeso ou obesa.
A metformina, uma droga que diminui a glicemia, pode ser administrada a mulheres grávidas que sofrem de Diabetes Gestacional ou síndrome de ovário policístico (SOP).
As recomendações de tratamento variam em diferentes países e no Reino Unido, a metformina não é rotineiramente recomendada para tratar SOP.
Acredita-se que cerca de 10% das mulheres sofrem de PCOS, o que pode causar infertilidade e está associada ao aumento do risco de desenvolver Diabetes Tipo 2.
Em um estudo norueguês, os pesquisadores identificaram que crianças ainda no útero expostas à metformina apresentavam maior peso médio com quatro anos de idade, em comparação com crianças não expostas. Entretanto, os resultados indicam uma relação e não uma causalidade.
No estudo, mulheres com SOP foram randomizadas para tomarem diariamente metformina ou placebo. Com completos dados sobre sua saúde, 154 crianças dessas mulheres foram acompanhadas.
Ao nascer o peso não foi afetado, mas tornou-se mais evidente quando os bebês atingiram a idade de seis meses. As crianças foram monitoradas até os quatro anos de idade, quando as crianças pessoas expostas à metformina eram em média mais pesadas e com maior probabilidade de sobrepeso ou obesidade.
Os pesquisadores continuarão a monitorar as crianças até atingirem oito anos para ver se continuou a tendência de aumento de peso. O pesquisador principal, Dr. Liv Guro Engen Hanem, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia de Trondheim, disse:
“Os resultados foram surpreendentes, uma vez que pesquisas anteriores nesta área sugeriram que a metformina teria um efeito protetor sobre a saúde metabólica das crianças”.
Acrescentou:
“Poucos estudos examinaram a longo prazo a saúde de crianças nascidas de mulheres com PCOS que tomaram metformina. Nossos resultados indicam que é necessária mais pesquisa para determinar seus efeitos sobre crianças expostas no útero”.
Os resultados aparecem online no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
Fonte: Diabetes News – diabetes.co.uk, de 28/02/2018 por Jack Woodfield.