Autores:
T. Wilke1, B. Berg1, A. Groth1, A. Martin2, J. Logie2, M. Sikirica3; 1Institut fur Pharmakoökonomie und Arzneimittellogistik, University of Wismar, Wismar, Germany, 2GlaxoSmithKline, Uxbridge, Middlesex, UK, 3GlaxoSmithKline, King of Prussia, USA.
Fonte:
Congresso EASD 2015, em Estocolmo.
Histórico e Objetivos:
Este estudo descreve a extensão da não-aderência (NA) e da não-persistência (NP) do uso de agonistas do peptídeo-1 similar ao Glucagon (GLP-1) e da terapia anti-diabética oral (TAO) em pacientes DM2 na prática clínica no Reino Unido. Materiais e Métodos: Dados eletrônicos dos principais de planos de saúde, coletados da base de dados do CPRD (Clinical Practice Research Datalink) de 2010 a 2012 foram usados para identificar pacientes com código de diagnóstico confirmado de DM2 e também ao menos uma prescrição de medicação anti-Diabetes. NA e NP foram medidos em pacientes que iniciavam nova medicação para DM2 (sem prescrição do respectivo medicamento nos 6 meses anteriores). Um paciente foi classificado como NP quando uma lacuna de medicamento maior ou igual a 90 dias foi observada. Estimativas de adesão específicas de pacientes foram calculadas por taxas de posse de medicamentos (TPM) para pacientes que mantiveram suas terapias (sem lacunas ≥ 90 dias) durante o período de observação de um ano. A máxima adesão possível foi baseada na suposição de que a adesão à terapia é equivalente à DDD (dosagem diária definida) do medicamento específico. NA foi definida como TPM<80%. Foram conduzidas análises descritivas com percentuais de pacientes classificados como NP e/ou NA.
Resultados:
A análise de persistência incluiu 1.905 e 13.387 pacientes DM2 iniciando tratamento com GLP-1 ou TAO, respectivamente. Dentre os pacientes GLP-1, 1.083 receberam posologia uma vez ao dia (OD) e 545 receberam posologia duas vezes ao dia (BID), os pacientes restantes tendo alternado os regimes. A média de idade dos usuários de GLP-1 foi de 55,5 (SD 10,6) e de 60,6 (SD 13,2) anos no grupo TAO. Após 12 meses, o percentual de pacientes com NP foi de 29,6% (todos GLP-1), 27,2% (ODGLP-1), 36,0% (BID-GLP-1) e 23,2% (OAD). A análise de NA incluiu 1.744 GLP-1 e 11.722 pacientes TAO iniciando tratamento com uma ou mais prescrição de seguimento. A média de idade foi de 55,2 (SD 10,4) e de 60,2 (SD 12,9) anos para grupos GLP e TAO, respectivamente. MPR médio foi de 88,6% (todos GLP-1s), 88,2% (OD-GLP-1), 89,3% (BID-GLP-1) e 64,7% (OAD). O percentual de pacientes afetados por NA foi de 20,2% (todos GLP-1s), 20.0% (OD-GLP-1), 20.5% (BID-GLP-1) e 68.4% (OAD).
Conclusão:
Nesta base de dados do Reino Unido, observamos diversos padrões de comportamento de pacientes. A persistência na terapia TAO foi numericamente superior que a terapia GLP-1. A adesão à terapia dentro do grupo GLP-1 foi alta e parece ser similar entre regimes de dose, porém, as taxas de persistência podem ser mais elevadas com o uso de GLP- 1 de com menor frequência de aplicação.