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Pacientes com diabetes tipo 1 ainda conseguem secretar insulina

Fonte: portal da SBD
Notícia publicada em: 14.01.2015
Autor: Dr. Augusto Pimazoni Netto

Estudos de menor porte utilizando ensaios ultrassensíveis de peptídeo-C sugere que a secreção endógena de insulina pode frequentemente ser detectável em pacientes com diabetes tipo 1 (DM1) de longa duração, mas esses estudos não usam amostras representativas. Para este estudo, os pesquisadores utilizaram o parâmetro estimulado do coeficiente peptídeo-C/creatinina para avaliar os níveis reais de peptídeo-C numa ampla população de pacientes com DM1.

Participaram do estudo 924 pacientes com DM1 em dois centros do Reino Unido, todos com diagnóstico estabelecido abaixo dos 30 anos e que apresentavam uma duração da doença por mais de 5 anos. A idade mediana de diagnóstico foi de 11 anos e a duração média do diabetes foi de 19 anos.

Os resultados mostraram que 740 dos 924 pacientes (80%) apresentavam níveis detectáveis de peptídeo-C. Desse total, 52% apresentava níveis muito baixos e indetectáveis de peptídeo-C e 8% deles apresentavam níveis séricos associados a uma redução das complicações e da hipoglicemia. Os níveis absolutos do parâmetro avaliado diminuíram com a duração da doença.

Os autores concluíram que este estudo mostra que a maioria dos pacientes com DM1 de longa duração apresentam níveis detectáveis de peptídeo-C na urina. Embora a maioria dos pacientes possam ser classificados na condição de micro-secretores de insulina, alguns deles mantiveram um nível relevante de secreção endógena de insulina por muitos anos após o diagnóstico de diabetes. A compreensão deste fenômeno pode levar a um melhor conhecimento da patogênese do DM1 e abre novas possibilidades para o tratamento.

Referência bibliográfica:
Oram RA, McDonald TJ, Shields BM et al. Most People With Long-Duration Type 1 Diabetes in a Large Population-Based Study Are Insulin Microsecretors. Diabetes Care 2014; Published online before print December 17, 2014. DOI:10.2337/dc14-0871.

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