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Pais devem ficar ficar atentos para identificar diabetes em crianças

Insulina precisa ser aplicada antes da alimentação
(Foto: Reprodução / TV TEM)

Fonte: G1 Rio Preto e Araçatuba de 21/02/2016

Paciente diagnosticado com diabetes precisa de acompanhamento médico.

Insulina atua no organismo e ajuda no controle glicêmico do paciente.

A diabetes que é diagnosticada em crianças tem sintomas parecidos com o de outras doenças, como virose. Por isso, os pais devem ficar atentos e fazer o exame preventivo. A criança com diabetes pode viver normalmente, mas a doença fora de controle traz sérios problemas de saúde e pode até levar à morte.

Muita gente desconhece a diabetes durante a infância, mas ela não é tão rara assim. Só no Ambulatório de Endocrinologia Infantil do Hospital de Base em São José do Rio Preto (SP), são atendidas cerca de 100 crianças com diabetes por mês. A maioria delas com a diabetes do tipo 1.

Quem vê a pequena Ana Beatriz, de apenas 2 anos, não imagina o sufoco que ela passou nos últimos meses. A menina ficou 12 dias internada, seis deles em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tudo por causa da diabetes que, até então, era desconhecida pelos familiares.

A mãe da criança, Sandra Montanaro, conta que só desconfiou da doença por causa dos sintomas apresentados. “De uma hora para outra ela ficou pálida e pedia muita água durante à noite. Desconfiei disso tudo”, diz Sandra.
Sandra controla a diabetes da filha com exames e insulina, quando precisa. Ela também cortou o açúcar da alimentação da filha e confessa que foi difícil aceitar que a menina, ainda tão pequena, estava com diabetes. “Nunca tinha ouvido falar em casos de diabetes nessa idade. Para nós foi uma surpresa muito grande”, afirma a mãe.

Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue usar de forma adequada a insulina que produz. Quem tem diabetes fica com o nível de açúcar no organismo alto e é preciso controlar.

“A diabetes infantil do tipo 1 é diferente do tipo 2 e isso faz com que o paciente fique totalmente dependente da insulina. O paciente terá um acompanhamento médico durante a vida inteira com o controle diário da glicemia”, diz o médico endocrinologista Sebastião Camargo Schimidt Neto.

A doença pode trazer complicações e até levar o paciente à morte. Uma criança de um ano que morava em Birigui (SP) tinha diabetes do tipo 1, mas os sintomas foram confundidos pelos médicos com uma virose. Como a doença não foi diagnosticada a tempo, a menina morreu em 2013.

Depois disso, foi criada uma lei na cidade que torna obrigatório os testes de glicemia capilar em crianças abaixo de sete anos.

O diagnóstico precoce é fundamental. O pai de Isabela de Almeida, João Paulo Armindo, só descobriu a diabetes quando a filha tinha quatro meses.

“Ela teve um problema de saúde e levamos na rede pública de saúde. Na época, ela tomava o medicamento, mas não tinha efeito. Ela entrou em coma e praticamente não respirava. Foi uma situação muito difícil”, diz.

Hoje, Isabela tem 11 anos e conta que a diabetes não atrapalha a sua vida. “Para mim é normal, desde pequena convivo com isso, então me acostumei. Eu aplico a insulina, espero ela agir no meu organismo e só depois posso me alimentar daquilo que tenho vontade”, diz Isabela.

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