Proposta brasileira foi assinada na sexta-feira (15) em reunião de Ministros da Saúde; objetivo é deixar claro níveis de açúcar, sódio e gordura dos alimentos
Fonte: Portal Saúde do R7 , por Deborah Giannini em 18/06/2018
Medida obriga que haja alerta em rótulo sobre excesso de açúcar, sódio e gordura
Getty Images
A medida foi proposta pelo governo brasileiro e assinada na última sexta-feira (15) na 42ª Reunião Ordinária de Ministros de Saúde do Mercosul, em Assunção, no Paraguai.
O encontro tem o objetivo de tratar temas como segurança alimentar, acesso universal à saúde, medicamentos essenciais, tabagismo e migração.
Segundo o ministério, a medida tornará mais clara o entendimento sobre a quantidade de açúcar, sódio e gordura nos alimentos, que estão associados a doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
A proposta ainda determina que o rótulo alerte sobre conteúdos excessivos desses nutrientes e estabeleça um limite máximo para seu uso em alimentos.
O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou, por meio de comunicado, que o rótulo frontal é uma ferramenta contra a obesidade. “Temos uma preocupação crescente com o aumento da obesidade e de doenças crônicas. Queremos dar, assim, condições para que as pessoas possam fazer escolhas melhores e mais saudáveis”.
A medida considerou o crescimento do sobrepeso e da obesidade em todos os grupos etários, que hoje afetam os países do Mercosul. Dados da Vigitel 2017 mostram que 54% da população brasileira está com excesso de peso e 18,9% está obesa.
Saiba mais: Anvisa convida população a opinar sobre rotulagem de alimentos
A discussão de um novo modelo de rotulagem está sendo conduzida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O Ministério da Saúde informou que o incentivo para uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas é prioridade do governo federal.
Segundo o ministério, durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março, em Brasília, o país assumiu o compromisso de deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019.
O ministério afirma que, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), já conseguiu retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.