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Pode o estresse em adolescentes aumentar o risco de desenvolver Diabetes em fase adulta ?

Fonte: diabetesincontrol , de 13 de fevereiro de 2016
Estudo sugere melhores estratégias para desempenhar um papel na prevenção.
Em qualquer adolescente, o stress é inevitável devido às inúmeras atividades e emoções que são experimentadas ao longo do dia.
Um estudo recente descobriu que adolescentes com 18 anos de idade que têm dificuldade em lidar com situações estressantes são mais propensos a desenvolver Diabetes Tipo 2.
De acordo com Casey Crump, devido a vários fatores, o estresse na adolescência aumenta o risco de desenvolver o Diabetes mais tarde na vida. Embora este seja o primeiro estudo deste tipo, os investigadores podem dizer algo que todos os adolescentes devem saber como fazer a prevenção do Diabetes.
Ao longo de um período entre os anos de 1969-1997, mais de 1 milhão de adolescentes do sexo masculino participaram de um estudo de coorte. Todos os participantes , homens com 18 anos de idade e que faziam parte das forças armadas da Suécia.
Nenhum dos participantes tinha sido previamente diagnosticado com Diabetes, que iria distorcer os resultados. Cada um dos participantes foi avaliado, realizando um exame psicológico normatizado , que mediu os níveis de stress numa escala de 1-9, durante 20 a 30 minutos. Os participantes foram contatados entre 1987 e 2012 para acompanhamento para avaliar o Diabetes.
Dos participantes estudados, 34.008 foram diagnosticados como tendo Diabetes mellitus Tipo 2.
Depois de analisar os participantes, os pacientes dos testes de estresse que tiveram baixa tolerância ao estresse eram mais propensos a desenvolver o Diabetes. Além dessa constatação, os pesquisadores tiveram de levar em consideração o IMC, história familiar, e condições socioeconômicas. A taxa de risco para o mais baixo quintil em relação ao quintil mais alto foi de 1,51 com intervalo de confiança de 1,46 e 1,57. O p-tendência foi linear com menos de 0,0001.
Casey Crump e seus colegas concluíram que os pacientes são mais propensos a desenvolver Diabetes Tipo 2 mais tarde na vida dependendo de quão bem lidam com o estresse. É claro que o nível socioeconômico desempenhou um fator, mas este estudo poderá ser o início de pontos potenciais de pesquisa . Crump acredita que com esta informação, estratégias preventivas podem ser implementadas. Ela também afirmou que o excesso de peso e sedentarismo são fatores conhecidos para o desenvolvimento do Diabetes, e esses fatores podem ser creditados a pobres situações psicossociais, hábitos de fumar, beber, e más condutas alimentares.
Casey Crump está ciente de que este estudo é apenas o começo devido a ter sido conduzido somente com participantes do sexo masculino. Este estudo também só foi focado no lado psicológico e se um paciente desenvolveu Diabetes posteriormente ,deveriam ser monitorados não só mentalmente, mas também sobre a sua dieta, e outros hábitos tais como fumar / beber, e outras comorbidades / medicamentos. Também chamou a atenção foi o fato de que as mudanças fisiológicas podem aumentar os níveis de cortisol, que aumentam a liberação de insulina. Cortisol pode ser liberado devido a uma série de coisas, e com uma investigação mais aprofundada mais informações sobre esta afirmação podem ser trazidas à luz.
Pontos Relevantes:
· Os hormônios do estresse podem alterar os níveis de glicose no sangue, diretamente resultando no desenvolvimento do Diabetes.
· Resiliência ao estresse na adolescência está relacionada com o risco a longo prazo de desenvolver Diabetes Tipo 2.
· Este conhecimento pode fornecer novos insights sobre as vias psicossociais para o Diabetes.
· Ensinando métodos de ensino para resiliência ao estresse podem ser uma estratégia eficaz de prevenção.
Crump, Casey et al. “Stress Resilience And Subsequent Risk Of Type 2 Diabetes In 1.5 Million Young Men”. Diabetologia (2016): n. pag. Web.
Medscape,. “Low Ability To Cope With Stress At 18 Ups Type 2 Diabetes Risk”. N.p., 2016. Web. 25 Jan. 2016.
American Diabetes Association,. “Stress”. N.p., 2016. Web. 25 Jan. 2016.
Researched and prepared by Samantha Ferguson, Doctor of Pharmacy Candidate University of FAMU College of Pharmacy
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