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Probióticos, alergias, microbioma, leucemia e cólica em lactantes

Fonte : FOOD NEWS LATAM , de 10 de novembro de 2015

Durante a última década tem ocorrido um aumento sem precedentes das alergias causadas por alimentos nos países desenvolvidos.

A alergia ao leite de vaca é uma das mais comuns: se apresenta até em uns 3% das crianças em todo o mundo.

Segundo Jack Gilbert, professor associado no  Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade de Chicago, “ a capacidade de identificar cepas bacterianas que poderiam ser utilizadas como novas terapias para o tratamento de alergias aos alimentos é um avanço fundamental“.

O acompanhamento do  microbioma  em pacientes com leucemia poderia reduzir a infecções durante a quimioterapia.

De acordo com uma pesquisa apresentada na  ASM’s Interscience Conference of Antimicrobial Agents and Chemotherapy (ICAAC/ICC),  a diversidade microbiana de um paciente pode estar relacionada com o risco de infecção durante a quimioterapia.

O estudo mostra como mudanças na microbioma devidos a enfermidade ou a administração de um fármaco podem dar lugar a efeitos colaterais prejudiciais, sobre tudo naqueles pacientes oncológicos iminodeprimidos e com maior probabilidade de complicações infecciosas.

Segundo a pesquisa, os pacientes que foram capazes de manter uma microbiana    “ sadia “, se mantiveram livres de infecção nos 90 dias após a quimioterapia.

A respeito das cólicas em lactantes e a Flora Intestinal, existe evidência sobre o rol da Flora e que a utilidade dos probióticos que continua emergindo em novas patologias, áreas da saúde e grupos. David Manrique e María Eugenia González abordam a cólica dos lactantes, sua relação com a microbiota e novas terapias emergentes com o uso de  probióticos.

Quais as características necessárias a uma cepa probiótica para ser útil em um tratamento da cólica de lactantes?

Já existem estudos específicos sobre o uso de probióticos em cólica de lactantes?

Dentro da patologia da enfermidade, a tese defendida pelo Doutor  Francisco Muñoz Seca mostra quatro períodos de colonização em recém- nascidos lactantes : asséptico, de infecção crescente, de transformação da flora e da flora constante na qual predomina o  Bacillus bifidus. Ao comparar os dados com os obtidos de crianças criadas com mamadeiras, encontra-se que estes períodos de transformação da flora são mais lentos, os B. bifidus não são preponderantes e existem muito mais tipos de bactérias.

Muñoz Seca estuda, além da mudança da flora durante a gastroenterites, sugerindo como hipótese que a ingestão de  “fermentos” como medidas de prevenção e tratamento; utilizando três formulações : lactobacilina (bacilo búlgaro mais Bacillus acidi lactis), Biolactyl (bacilo búlgaro mais Streptococcus lactique), menos potente, e Lacteol (bacilos lácticos secos que sobrevivem no intestino), todavia  menos potentes.

A Tese finaliza com a apresentação de uma série de casos de crianças com diarreias e febris que foram tratadas com lactobacilina. Todas sararam com exceção de uma, que morreu devido provavelmente a uma extrema debilidade no início do tratamento.

Vinte anos depois da defesa da Tese de Doutorado, o pediatra japonês Minoru Shirota utilizou uma cepa de Lactobacillus casei, isolada das fezes de uma criança, para fabricar um leite fermentado que utilizou para prevenir e tratar a diarreia. Desde então, se atribui ser o pioneiro em utilizar micro-organismos vivos para combater uma enfermidade.

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