FENAD

Vivência de Pessoas com Diabetes e Amputação de Membros

Como sabemos, viver com Diabetes representa um desafio, tanto para o portador da doença, como para quem convive com ela.

Após o diagnóstico do Diabetes, o paciente passa por muitas mudanças de comportamento no seu dia-a-dia.

A alimentação deve ser alterada, os medicamentos devem ser utilizados de forma correta, os cuidados higiênicos devem ser maiores, a atividade física se torna essencial, os exames de glicemia devem ser feitos com frequência, entre outras mudanças de hábito para que não existam complicações futuras.

As dificuldades encontradas pelos pacientes para a obtenção de um bom controle glicêmico, estão relacionadas com a adesão ao tratamento.

Muitos fatores favorecem essa adesão, entre eles:

Quando o paciente não consegue controlar sua glicemia, algumas complicações começam a ocorrer. Uma das complicações que pode acontecer, são as lesões e a úlcera nos pés.

Quando isso acontece, logo o paciente se preocupa com a possibilidade de amputação de um de seus membros.

Alguns estudos mostram que o paciente diabético que sofre uma amputação, tem sua qualidade de vida reduzida. A ocorrência de uma amputação causa grande mudança no campo estético, na percepção de autoimagem, na mobilidade, na autoestima, na capacidade de realizar atividades diárias, no trabalho e no lazer. Essas mudanças não impedem que a pessoa tenha uma qualidade de vida normal, mas isso vai depender de cada paciente, pois a forma como aceita e enfrenta esse desafio é muito subjetiva. Perder uma parte do corpo é como alterar sua existência, é um sentimento de incompletude, é ter que se adaptar, readaptar, aprender a viver novamente, agora assumindo outra perspectiva de mundo para si e para o outro.

Uma nova vida começa, permeada por limitações, restrições e dificuldades que serão encontradas ao longo do processo de adaptação. Uma das dificuldades que muitos pacientes amputados relatam, é o fato de depender de outra pessoa para fazer as coisas. O fato de se tornar dependente não é fácil, para quem teve uma vida de independência e liberdade.

A melhor forma de lidar com isso, é perceber o quanto o outro pode e vai te ajudar nesse processo como um todo, o quanto nem sempre conseguimos resolver as coisas sozinhos, e sim que precisamos do outro e de sua ajuda.

Estar limitado, não significa acomodar-se, o paciente não deve se isolar socialmente, pois as atividades e contatos com outras pessoas são um fator positivo nesse processo.

A redução das complicações, como a amputação, só será possível se o paciente diabético participar ativamente de seu tratamento.

Para isso, é preciso aceitar sua doença, se informar ao máximo, ir ao médico com frequência, tomar a medicação correta e estar bem emocionalmente.

Fonte: http://www.scielo.br

Autor: Psic. Carolina Antunes, Coordenadora do Dept. de Psicologia

Programação PsicoAnad

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