Os adultos com diabetes não tratado que têm rendimentos mais baixos são menos propensos a receber atenção médica regular em comparação com indivíduos de renda mais alta, e essa discrepância está ligada a medidas glicêmicas mais precárias, de acordo com resultados do estudo do Japão.
“Além de encorajar o início de consultas médicas, é importante monitorar os padrões de consultas médicas e esclarecer se os pacientes recebem tratamento regular / contínuo usando dados de sinistros”, Takumi Nishi , PhD, MPH , do departamento de planejamento de pesquisa e gerenciamento de informações da Instituto de Saúde e Ciências Ambientais de Fukuoka, no Japão, e seus colegas escreveram. “No entanto, como a proporção de pessoas que recebem tratamento diabético contínuo no Japão ainda é baixa, é importante não apenas iniciar consultas médicas, mas também fornecer tratamento contínuo”.
Nishi e seus colegas identificaram 650 pacientes com diabetes não tratada que fizeram visitas regulares ao médico e 2.311 que fizeram visitas irregulares, que foram definidas como tendo uma lacuna de mais de 3 meses entre as visitas após um check-up inicial, da Associação Japonesa de Seguro de Saúde. Qualquer participante com um nível de HbA1c de mais de 7% foi considerado como tendo “ baixo controle glicêmico ”. Os pesquisadores escreveram que os resultados de interesse foram aumentos absolutos nos níveis de HbA1c de mais de 0,5% e mais de 1% e um aumento relativo de mais que 20%.
Uma maior proporção de pacientes entre 55 e 59 anos e 60 a 64 anos foi encontrada no grupo de consulta regular (27,1% e 33,1%, respectivamente) em comparação com aqueles que fizeram consultas irregulares (23,1% e 22%, respectivamente; P <. 001). A proporção de pacientes com idade de 54 anos ou mais foi maior no grupo de consulta irregular em comparação com o grupo de consulta regular ( P <0,001). Os pesquisadores também descobriram que consultas irregulares foram negativamente associadas com renda mensal entre US $ 2.000 e US $ 2.999 (OR = 0,74; IC 95%, 0,56-0,98), US $ 3.000 e US $ 3.999 (OR = 0,63; IC 95%, 0,46-0,87) e US $ 5.000 ou mais (OR = 0,58; IC 95%, 0,39-0,86).A maioria dos pacientes do grupo de consulta irregular (52,3%) tinha o que os pesquisadores chamavam de “casos relativamente leves” ou um nível de HbA1c de menos de 7%. No entanto, uma porcentagem maior de indivíduos no grupo de consulta irregular teve aumento na HbA1c de pelo menos 0,5% durante o período de estudo em comparação com aqueles no grupo de consulta regular (26,4% vs. 10,8%; P<0,001). Esta diferença também se manteve para um aumento absoluto na HbA1c de 1% (14,7% vs. 4%; P <0,001) e um aumento relativo de 20% (8,1% vs. 2%; P<0,001). Com base nessas informações, os pesquisadores observaram uma associação ajustada entre consultas irregulares e aumentos absolutos de HbA1c de 0,5% (OR = 2,04; IC95%, 1,53-2,74) e 1% (OR = 3; IC95%, 1,92-4,66). e um aumento relativo de 20% (OR = 3,09; IC 95%, 1,68-5,68).
Fonte: Healio Endocrinetoday – em 05 de abril de 2019 – Nishi T, et al. J Diabetes Investig . 2019, doi: 10.1111 / jdi.13025.