Autores: M. Sikirica1, C. Mansfield2, A. Pugh2, C. Poulos2, A. Martin1, V. Unmuessig1; 1GSK, King of Prussia, 2RTI, RTP, USA.
Fonte: Congresso EASD 2015, em Estocolmo.
Histórico e Objetivos:
Compreender as preferências de pacientes com DM2 nos atributos de tratamentos para sua doença podem ajudar a explicar como cada um desses atributos afetam diferencialmente a percepção e o comportamento dos pacientes.Nossa meta foi quantificar as preferências relativas a um conjunto de atributos, descrevendo os tratamentos para DM2 em pacientes na Alemanha.
Materiais e Métodos:
Um pesquisa experimental, de opção discreta e preferência declarada (DCE), foi projetada para extrair as preferências de atributos de tratamentos para DM2 entre pacientes na Alemanha que estivessem tomando medicamentos prescritos por mais de 2 anos. A pesquisa coletou características e informações de antecedentes sobre demografia, histórico de saúde, condições atuais de saúde (EQ-5D), experiência com DM2 e o tratamento para o DM2 dos entrevistados. A DCE incluiu uma série de 8 opções entre pares de tratamentos para DM2 hipotéticos, definidos pelos sete atributos a seguir: possibilidade de atingir a meta de HbA1c (A1c), redução do risco de infarto do miocárdio ou AVC, frequência de hipoglicemia, risco de efeitos colaterais gastrointestinais (EC GI), alteração de peso, via de administração (VAdmin; comprimidos ou injeção e frequência de dosagem). Um logit de parâmetros aleatórios foi utilizado para analisar os dados do DCE. As interações entre as características do paciente e as estimativas de preferências foram exploradas e os resultados para subgrupos específicos foram analisados. Uma preferência por um atributo foi dominante se um entrevistado sempre selecionasse o medicamento com o melhor nível de tal atributo. O benefício adicional mínimo (BAM) foi definido como o menor aumento da probabilidade de alcance da meta de HbA1c, para a qual cada entrevistado aceitaria um nível pior de outro atributo.
Resultados:
De 1.198 entrevistados, 531 (44,3%) estavam qualificados para participar; 474 consentiram e preencheram a pesquisa, sendo incluídos nesta análise. A idade média foi de 61 anos, 58% homens e 54% mulheres com DM2 diagnosticada há mais de 7 anos. Com base na análise da DCE, EC GI foram mais importantes para os pacientes, seguido de alterações de peso, VAdmin e A1c. 18% dos entrevistados escolheram sempre o tratamento administrado em comprimidos via oral, 7% se concentraram nas alterações de peso e 4% A1c. Com base no DCE, a análise de BAM concluiu que pacientes exigiriam que a probabilidade de alcançar suas metas de HbA1c fosse de 56 pontos percentuais adicionais mais alto para alterar de 0% a 30% de risco de ter EC GI. Outros níveis elevados de BAM foram relatados, como mudança de perda de peso de 2Kg para ganho de peso de 2 Kg (BAM de 44), alteração de 0% a 20% de risco de EC GI (43) e mudança de comprimido para injeção (42).
Conclusão:
Nossas conclusões sugerem que esta amostra de pacientes com DM2 na Alemanha estava disposta a trocar eficácia por melhora nos efeitos colaterais gastro-intestinas e uma melhor via de administração (comprimidos). Os pacientes concentraram-se na redução do risco de EC GI relacionados ao DM2, alterações de peso e via de administração como atributos-chave valiosos. Dada a variedade de medicamentos para DM2 disponíveis, os resultados sugerem que uma discussão cuidadosa a respeito da preferências dos pacientes pode ajudar a melhorar a satisfação dos pacientes com drogas para DM2.