Fonte: Revista Anad Informa
Notícia publicada em: 26.03.2015
Autor: Psic. Carolina Antunes
O Brasil apresenta um grande aumento de idosos devido à melhoria na qualidade de vida, no acesso ao serviço de saúde, mudança nos hábitos alimentares e prática de exercícios físicos.
O avanço da idade pode levar ao aparecimento de doenças e agravos crônicos, o que requer acompanhamento e tratamento contínuos.
Dentre as doenças crônicas que acometem os idosos, está o Diabetes Mellitus, que já é considerado como uma epidemia mundial e um problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
Tal aumento está associado a vários fatores, como o envelhecimento da população, hábitos de vida não saudáveis, dieta inadequada e obesidade.
Alguns fatores podem influenciar e afetar a qualidade de vida dos pacientes diabéticos, como o tipo de tratamento adotado, as complicações da doença e apoio social e familiar. Essas alterações afetam diretamente o estado físico, funcional e psicológico.
Temos como exemplo, a não aceitação da doença, a não adesão ao tratamento e Diabetes descontrolado.
Os idosos com Diabetes tornam-se dependentes de assistência, tanto de profissionais da saúde, como de familiares e colegas. Com algumas funcionalidades afetadas, a dependência é um dos maiores temores nessa faixa etária, o que afeta a autoestima, podendo gerar complicações futuras.
O Diabetes influencia diretamente na vida do idoso, e portanto é fundamental que exista uma avaliação a fim de compreender as dimensões mais afetadas, para auxiliar no desenvolvimento de programas de prevenção e manutenção da qualidade de vida.
Colaborar na prevenção e na aceitação da doença, para que haja adesão ao tratamento e mudanças nos hábitos de vida, com o intuito de aumentar a expectativa de vida.
Nos idosos o tipo de Diabetes mais comum é tipo 2, e o diagnóstico geralmente ocorre devido a alguma doença intercorrente, infecções, alguma neuropatia, retinopatia ou doenças vasculares. E em alguns casos, a taxa de glicemia é descoberta em exames laboratoriais com outra finalidade.
Diante dos resultados, a identificação precoce dos sintomas pode auxiliar na adesão ao tratamento, proporcionando uma melhor qualidade de vida do paciente idoso.
A Qualidade de Vida está diretamente relacionada com a promoção de saúde e a prevenção das doenças, tendo como objetivo reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde. Quanto mais ativo o idoso se sentir, maior será sua satisfação com a vida e, consequentemente, melhor sua qualidade de vida.
Os hábitos de vida, a forma como o idoso aceita sua doença, o apoio social e a adesão ao tratamento influenciam diretamente no controle glicêmico.
Além disso, os profissionais da saúde desenvolvem um papel importante, pois podem promover ações para a melhoria e manutenção da qualidade de vida, potencializando as estratégias de ações relacionadas à atenção a saúde do idoso, incentivando o apoio familiar e contribuindo para a participação social e melhoria dos aspectos psicológicos.
Fonte: http://bdm.unb.br/ bitstream/10483/8270/1/2013_ JacyelleAparecidaDeOliveiraLucena.pdf