Novos remédios aprovados nos EUA criam avanços no combate ao colesterol

Drogas ajudam principalmente pacientes que enfrentam o problema desde a infância

 

 

Surgem novas alternativas de combate ao colesterol. Tratam-se dos inibidores de CSK9, anticorpos que agem sobre a proteína que reduz a capacidade do fígado de retirar o LDL, o chamado colesterol ruim, do sangue. O Food and Drug Administration (FDA), órgão governamental norte-americano responsável pelo controle de medicamentos, e a Europa aprovaram recentemente o uso de substâncias do tipo. Elas devem beneficiar principalmente quem tem a hipercolesterolemia familiar (HF), doença causada por uma alteração genética que leva ao aumento dos índices de colesterol já na infância.

 

Esses inibidores reduzem de 40% a 65% o mau colesterol e não apresentarem fortes adversidades. “É grande o impacto da chegada desses medicamentos, por enquanto nos Estados Unidos e na Europa. Vejo essa nova classe como uma revolução no tratamento do colesterol alto. Estamos falando da possibilidade de um ganho adicional em cima daquilo que conseguíamos com o que havia de mais potente no mercado. Além disso, têm menos efeitos colaterais, como a dor muscular”, detalha Raul Dias Santos, diretor da Unidade de Lípides do Instituto do Coração do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor/HC/FMUSP).

 

Segundo Marcus Vinícius Bolívar Malachias, presidente eleito da Sociedade Brasileira de Cardiologia, isso ocorre porque os inibidores tornam os receptores ativos e, então, capazes de captar e metabolizar o colesterol ruim, o que não ocorre em algumas pessoas com hipercolesterolemia grave, quando o excesso dessa gordura fica na circulação, acelerando a aterosclerose, o acúmulo de placas de gordura nas artérias. “De 70% a 80% dos casos de colesterol elevado podem ser controlados com dieta, exercícios e estatinas, mas há casos graves, em que este tratamento convencional não resolve plenamente a situação. Nesses, os novos medicamentos atuam de forma precisa”, comemora.

 

Fonte: CB – postado em 17/08/2015 , por Carolina Cotta

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