Diabético Pode Comer Melancia?

Diabético Pode Comer Melancia?

Sede excessiva, fome excessiva, infecções frequentes nos rins, na pele e na bexiga, demora na cicatrização de feridas, alterações na visão, formigamento nos pés, furúnculos, vontade frequente de urinar, emagrecimento, fraqueza, fadiga, nervosismo, mudança de humor, náusea e vômito. Estes são alguns dos sintomas da diabetes.

Ao experimentar esses sinais, o mais indicado é consultar o médico e fazer os exames necessários para descobrir se possui ou não a condição. E uma vez que recebeu o diagnóstico, o passo seguinte consiste em começar a seguir o tratamento com foco no controle da doença.

O objetivo desse tratamento é a regulação dos níveis de glicose no sangue, para que eles sejam mantidos em taxas saudáveis. Parte disto consiste em seguir uma dieta específica, que seja composta por refeições e alimentos que favoreçam o controle das taxas de açúcar.

Diabético pode comer melancia?

Ao receber a informação de que possui a doença, a pessoa pode ter algumas dúvidas e dificuldades na hora de se adaptar à nova dieta e ficar sem saber exatamente o que pode e o que não pode comer. Por exemplo, será que o diabético pode comer melancia?

Vamos descobrir isso agora!

A melancia até pode aparecer na alimentação de quem tem diabetes, no entanto, ela exige cuidados. Isso porque ela possui um índice glicêmico alto – o valor é de 72.

Os alimentos que apresentam um índice glicêmico alto causam uma elevação rápida nos níveis de açúcar no sangue, o que não é exatamente positivo para a diabetes, já que tornam o controle das taxas de glicose mais difícil.

Por isso, a recomendação é que o diabético consuma a fruta ao lado de outros alimentos que possuem índice glicêmico baixo, como iogurte natural light e farelo de aveia, por exemplo, e que coma o alimento em pequenas quantidades. Tudo isso com o objetivo de minimizar picos dos níveis de açúcar no sangue.

A contagem de carboidratos

Um nutriente que exerce bastante influência em relação aos níveis de glicose no sangue são os carboidratos. Formados por pequenos blocos de moléculas de açúcar, eles são quebrados pelo sistema digestivo e adquirem a forma de açúcar para, então, serem utilizados como fonte de energia.

Pelo fato de conter carboidratos, é preciso analisarmos a quantidade e o tamanho das porções também para sabermos se diabético pode comer melancia. Por exemplo, uma porção de 1 ¼ xícaras da fruta cortada em cubinhos apresenta 15 g de carboidratos, enquanto uma porção de 100 g da fruta é dotada de 8 g do nutriente.

É importante ter em mente que, conforme informou a Associação Americana de Diabetes, as repostas em relação aos níveis de açúcar no sangue variam de pessoa para pessoa. Em outras palavras, o nível de açúcar no sangue de cada pessoa pode responder de uma maneira divergente em relação ao consumo da melancia.

Daí a importância de conversar com o médico e o nutricionista para saber se você ou seu parente diabético pode comer melancia, como integrar a fruta na dieta e em que quantidade e tamanho de porção consumi-la. Como a quantia ideal varia de paciente para paciente, seria irresponsável determinar aqui um número de gramas de melancia que um diabético pode comer diariamente.

Os valores nutricionais da melancia

Um ponto relevante para afirmar que o diabético pode comer melancia – sempre com os devidos cuidados e acompanhamento do médico e nutricionista – é o fato de estarmos falando de um alimento saudável.

A fruta apresenta somente 30 calorias a cada porção de 100 g e é fonte de nutrientes necessários para a dieta de qualquer pessoa, incluindo os diabéticos, como vitamina A, vitamina C, potássio, proteínas, fibras, cálcio, ferro e magnésio.

A melancia é um alimento de baixa densidade calórica. E a quantidade de carboidratos também é relativamente pequena, se não se consumir uma grande quantidade da fruta. Como seu índice glicêmico é alto, uma boa estratégia é comê-la com alimentos de baixo índice glicêmico, baixando assim o índice total da refeição.

Benefício à pressão arterial

Outro aspecto a favor da melancia para os diabéticos é que ela pode ajudar a melhorar a pressão arterial. Isso é importante tendo em vista que a hipertensão é uma condição que frequentemente afeta pessoas que têm diabetes.

A combinação entre diabetes e pressão arterial alta ainda aumenta as chances de um indivíduo ter derrame, ataque no coração, doenças renais e retinopatia, uma condição que pode causar cegueira. Ou seja, a combinação entre as duas condições é perigosíssima.

Um estudo pequeno publicado em 2011 no American Journal of Hypertension (Jornal Americano de Hipertensão, tradução livre) indicou que o extrato de melancia diminuiu a pressão arterial em pessoas diagnosticadas com pré-hipertensão.

Combate a doenças no coração

Segundo a Associação Americana de Diabetes, a diabetes é um dos sete fatores de risco controláveis das doenças cardíacas. Aproximadamente 68% das pessoas diagnosticadas com diabetes que têm 65 anos de idade ou mais morrem de algum tipo de doença no coração.

Mas onde a melancia entra nessa história? Pois bem, a fruta possui quantidades moderadas de licopeno. A substância é o pigmento que dá cor à melancia. Porém, ele também é um poderoso antioxidante.

Conforme informou a Mayo Clinic, pesquisas preliminares mostraram que o licopeno encontrado no tomate pode estar associado a uma diminuição do risco de desenvolvimento de doenças no coração.

Ainda que sejam necessárias mais estudos para comprovar este efeito em relação à melancia, o indício também aponta para uma vantagem em relação da inclusão da melancia na dieta dos diabéticos.

Outros aspectos importantes do tratamento da diabetes

O médico responsável pelo caso pode indicar as seguintes formas de tratar o problema: a prática de atividades físicas, a checagem da glicemia, a aplicação de insulina, o uso de medicamentos, o cuidado com a saúde bucal, o controle do estresse, a eliminação do cigarro e a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas.

É fundamental que o paciente siga todas as orientações de seu médico e obedeça o tratamento para evitar sofrer com complicações da condição como danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos do organismo em decorrência do aumento descontrolado dos níveis de glicose no sangue.

Outro ponto importante é contar com o acompanhamento de um nutricionista em relação à dieta do diabético. O profissional ajudará a montar os cardápios adequados, além de oferecer apoio na transição, ensinando o paciente como escolher os alimentos que deve comer e em que momento cada um deles é mais indicado.

Fonte: Portal Saúde do R7
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite – (no G+)

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