ANAD alerta que portadores de Diabetes apresentam maior risco de complicações em virtude de sua doença de base. Assim a imunização nesse grupo é de extrema necessidade.

O Diabetes é uma doença crônica que atinge hoje no Brasil aproximadamente 14 milhões de pessoas e 430 milhões de indivíduos no mundo com previsão de 640 milhões para 2.040 com gasto mundial de 673 bilhões.

Quando não controlado, o Diabetes apresenta complicações, incapacitantes tais como retinopatia e consequente cegueira; nefropatia: inicia-se com hipertensão arterial cujo problema renal poderá culminar na necessidade de hemodiálise; arteriosclerose: comprometimento dos vasos que pode evoluir para gangrena e amputações nos membros inferiores; no coração e cérebro, coronariopatias, infarto e acidentes vasculares encefálicos.

Além disso, pode também afetar dentes, produzir impotência sexual masculina, propensões à infecções pela diminuição da imunidade, entre outros.

A evolução destas complicações sem os cuidados apropriados poderá levar à uma qualidade de vida insuficiente, com aumento da morbimortalidade.

Os números do Diabetes são alarmantes:

• 50% das amputações não traumáticas ocorrem em portadores de Diabetes;
• O Diabetes é responsável por 50% das cegueiras no mundo;
• 60 a 80% dos infartos e acidentes vasculares encefálicos ocorrem em consequência do Diabetes;
• A cada 8 segundos, uma pessoa morre por Diabetes;
• A cada minuto ocorre um novo caso de Diabetes;

A IDF (International Diabetes Federation) órgão máximo de Diabetes no mundo, com apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde), faz um alerta permanente para a prevenção e o cuidado com o portador de Diabetes.

O organismo do portador de Diabetes é mais predisposto a afecções variadas. Dessa forma o Ministério da Saúde, estabeleceu em 2011, a inclusão de portadores de doenças crônicas entre os grupos prioritários para vacinação contra a gripe no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Os portadores de Diabetes foram incluídos por apresentarem maior risco de complicações em virtude de sua doença de base. Assim a imunização nesse grupo é de extrema necessidade.

Em 2017, de todos óbitos relacionados à gripe de pessoas com fatores considerados de risco, 29,7% ocorreram em portadores de Diabetes*.

Em 23 de abril de 2018, o Ministério da Saúde iniciou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que vai até 1º de junho, e quem tem Diabetes está incluído no grupo de pacientes com comorbidades, com direito a receber gratuitamente a vacina. A vacina protege contra os vírus H1N1, Influenza B e H3N2.

O Ministério da Saúde informa que a vacina pode reduzir de 32% a 45% o número de internações por pneumonia e de 39% a 75% a mortalidade por complicações advindas da Influenza.

No Brasil existem duas vacinas disponíveis: A Quadrivalente e a Trivalente. A vacina trivalente, que está disponível na rede pública, protege contra três tipos de vírus que causam gripe. Já a quadrivalente, disponível na rede privada de saúde (clínicas e centros de vacinação), protege contra quatro tipos, três que estão contidos na vacina trivalente e mais um.

TRIVALENTE = AH1N1 + AH3N2 + B
QUADRIVALENTE = AH1N1 + AH3N2 + B + B

A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda o uso preferencial, sempre que disponível, da vacina quadrivalente, pelo seu maior espectro de proteção. Porém, a entidade reforça que, na indisponibilidade do produto, a vacina trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira, especialmente em grupos de maior risco para o desenvolvimento de formas graves da doença.

Cuidados de higiene também ajudam o individuo a se proteger contra a Influenza.

O QUE É INFLUENZA?
A influenza, comumente conhecida como gripe, figura entre as viroses mais frequentes no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população seja infectada anualmente por algum tipo de vírus influenza e que 1,2 bilhão de pessoas apresentem risco elevado para complicações relacionadas à doença. Entre elas, 385 milhões de idosos acima de 65 anos, 140 milhões de crianças e 700 milhões de pessoas com doenças crônicas.

Causada por mais de um tipo de vírus, classificados como A e B, a influenza tem diversos subtipos. Os subtipos A que mais frequentemente infectam humanos são H1N1 e H3N2, ambos com casos já notificados este ano no Brasil. Os subtipos B, por sua vez, são classificados como de linhagem Victoria e Yamagata. As informações são da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) que publicou uma série de perguntas e respostas sobre os diferentes tipos vacina utilizadas no país.

SOBRE A ANAD
A Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, criada há 39 anos para educar, atender, orientar e acompanhar a quem tem Diabetes e seus familiares. Sua missão é melhorar a qualidade de vida dos portadores. Atua baseada em 3 pilares: Atendimento integral ao portador, atualização e reciclagem aos profissionais de saúde e políticas públicas de saúde (advocacy). Em sua sede atua com equipes multidisciplinares e multiprofissionais. Realiza Congressos, Cursos, Campanhas na sede e externas. Fica na Rua Eça de Queiroz, 198 – Vila Mariana – São Paulo – Tel: (011) 5908.6777. E-mail: anad@anad.org.br

Atenciosamente,

Profº. Dr. Fadlo Fraige Filho
Médico Endocrinologista
Profº. Titular Endocrinologia FMABC
Presidente Anad/Fenad

Fontes: http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43002-vacinacao-contra-gripe-comeca-na-proxima-segunda-feira-em-todo-o-pais e http://pni.datasus.gov.br/sipni/03%2003%202017%20Informe_Cp_Influenza%20_%20final.pdf