Fonte: Agencia Brasil
Notícia publicada em: 12.03.2015
Autor: Indefinido
Doença renal afeta pessoas de todas as idades e raçasGetty Images
Doença atinge um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres
A doença renal crônica atinge 10% da população mundial e afeta pessoas de todas as idades e raças.
A estimativa é que a enfermidade afete um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres com idade entre 65 e 74 anos, sendo que metade da população com 75 anos ou mais sofre algum grau da doença.
Diante desse cenário, no Dia Mundial do Rim, lembrado nesta quinta-feira (12), a Sociedade Brasileira de Nefrologia defende que a creatinina sérica e a pesquisa de proteína na urina façam parte dos exames médicos anuais.
O risco de doença renal crônica, de acordo com a entidade, deve ser avaliado por meio de oito perguntas:
1. Você tem pressão alta?
2. Você sofre de diabetes mellitus?
3. Há pessoas com doença renal crônica na sua família?
4. Você está acima do peso ideal?
5. Você fuma?
6. Você tem mais de 50 anos?
7. Você tem problema no coração ou nos vasos das pernas (doença cardiovascular)?
Se uma das respostas for sim, a orientação é procurar um médico.
Os principais sintomas da doença renal crônica são falta de apetite, cansaço, palidez cutânea, inchaços nas pernas, aumento da pressão arterial, alteração dos hábitos urinários como urinar mais à noite e urina com sangue ou espumosa.
As recomendações das entidades médicas para reduzir o risco ou para evitar que o quadro se agrave incluem manter hábitos alimentares saudáveis, controlar o peso, praticar atividades físicas regularmente, controlar a pressão arterial, beber água, não fumar, não tomar medicamentos sem orientação médica, controlar a glicemia quando houver histórico na família e avaliar regularmente a função dos rins em casos de diabetes, hipertensão arterial, obesidade, doença cardiovascular e histórico de doença renal crônica na família.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que 100 mil pessoas fazem diálise no Brasil. Atualmente, existem 750 unidades cadastradas no país, sendo 35 apenas na cidade de São Paulo.
Os números mostram ainda que 70% dos pacientes que fazem diálise descobrem a doença tardiamente. A taxa de mortalidade para quem enfrenta o tratamento é 15%.
Sociedade Brasileira de Nefrologia pede mais investimentos em diálise
Cerca de 100 mil pessoas fazem atualmente tratamento de diálise em todo o Brasil
Cerca de 100 mil pessoas fazem atualmente tratamento de diálise em todo o Brasil. O País conta com 750 clínicas habilitadas para prestar esse tipo de serviço — a maioria privada, alerta a presidenta da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Carmen Tzanno.
— Por enquanto, a gente ainda dá conta da demanda, mas o número de pacientes aumenta mais rápido que o número de clínicas.
No Dia Mundial do Rim, lembrado nesta quinta-feira (12), ela explicou que, nos últimos dez anos, o número de brasileiros em diálise aumentou 134% enquanto o número de estabelecimentos que oferecem o serviço cresceu apenas 40%.
— É uma preocupação porque o Brasil optou pelo direito universal à saúde. Somos hoje 200 milhões de pessoas e há um número muito grande de pacientes precisando desse atendimento.
Dia Mundial do Rim: silenciosa, doença renal crônica atinge 10% da população
Ao cobrar maiores investimentos no setor, Carmen ressaltou que o tratamento de diálise é caro, exige medicação especial e requer mais atenção por parte do governo.
— A estimativa é que um em cada dez brasileiros tenha algum grau de lesão renal. Nossa luta é por esses milhões de pessoas que precisam da nossa atenção, pelos 100 mil pacientes que estão em diálise e pelos 35 mil que estão na fila do transplante de rim.
O Ministério da Saúde informou que o número de serviços de hemodiálise passou de 483, em 2004, para 702, em 2014. De acordo com a pasta, os investimentos no setor no ano passado totalizaram R$ 2,57 bilhões.