Dicas de emagrecimento para prevenir e controlar o diabetes

Fonte: Revista Anad Informe
Notícia publicada em: 21.05.2015
Autor: Profª. Educ. Lilian Fanny de Castilho, Pedagoga Maria Salete B. Lima e Pedagoga Claudete Gioielli

Cirurgia e Medicamentos para Emagrecimento

Os Medicamentos para Emagrecer são Benéficos?

Os medicamentos aprovados pelo Food and Dug Administration (FDA) para uso a longo prazo podem ser benéficos – juntamente com as mudanças de hábitos – para alguns pacientes com um IMC de 30 ou superior, mas sem outros problemas de saúde e para pacientes com um IMC de 27 ou superior com problemas de saúde.

Os problemas de saúde importantes o suficiente para justificar o uso de medicamentos são: hipertensão, colesterol elevado, doença cardíaca, Diabetes tipo 2 e apnéia do sono.

Sua saúde deve ser monitorada durante todo o tempo em que você estiver tomando o medicamento.

Alguns dos medicamentos disponíveis para uso a longo prazo são: Sibutramina e Orlistat. A sibutramina acentua a perda de peso e pode auxiliar em sua manutenção. Não se pode esquecer os efeitos colaterais potenciais dos medicamentos. No caso da sibutramina, podem ocorrer elevações de pressão sanguínea e frequência cardíaca. Portanto não deve ser usada por quem sofre de hipertensão, doença cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias ou um histórico de derrame (AVC). No caso do Orlistat, talvez seja necessário tomar vitaminas lipossolúveis, porque estas não serão tão bem absorvidas. É necessária uma monitoração cuidadosa dos efeitos colaterais.

A Cirurgia para Emagrecer é Aconselhável no Meu Caso?

Talvez, se você tiver um IMC de 40 ou superior.

As pessoas com um IMC entre 35 e 40 podem ser candidatas à cirurgia se tiverem problemas de saúde como Diabetes, hipertensão ou atrite e problemas de locomoção.

A cirurgia é levada em consideração para pessoas entre 18 e 65 anos que já fizeram várias tentativas malsucedidas de emagrecer em programas supervisionados.

Os tipos de cirurgia para emagrecimento são a gastroplastia de cinta vertical ou a “bypass” gástrico. O primeiro utiliza grampos de aço inoxidável ou uma “cinta” plástica para criar uma pequena bolsa gástrica separada do resto do estômago.

A bolsa comporta uma pequena quantidade de alimento, limitando seu consumo antes que a pessoa se sinta satisfeita. O segundo cria uma pequena bolsa gástrica e faz o alimento se desviar da primeira parte do intestino delgado para reduzir a absorção dos alimentos, produzindo mais perda de peso que a gastroplastia de cinta vertical. Nas duas cirurgias há risco de estiramento da bolsa e rompimento dos grampos se a pessoa comer em demasia. O “bypass” gástrico envolve mais risco de deficiências nutricionais e de síndrome de dumping. (O conteúdo estomacal se esvazia com excessiva rapidez pelo intestino delgado e provoca náusea, fraqueza e diarréia.) Mesmo com a cirurgia, ainda é necessário fazer mudanças definitivas de comportamento.

O que deve ser levado em consideração antes de realizar uma Cirurgia de Emagrecimento

Uma cirurgia de emagrecimento é um sério empreendimento. É preciso entender claramente seus benefícios e riscos.

Benefícios: A maioria das pessoas emagrece rapidamente. Após os primeiros 6 e 9 meses, o ritmo de perda de peso geralmente diminui, mas algumas pessoas ficam perdendo peso por 18 a 24 meses.

Já foram relatadas perdas de 60% do peso cinco anos após a cirurgia por “bypass” gástrico. Esta cirurgia pode auxiliar no controle do Diabetes tipo 2, eliminando a necessidade de medicação porque o emagrecimento costuma levar a níveis glicêmicos normais e também melhora, ou soluciona, outros problemas de saúde relacionados à obesidade, como hipertensão, colesterol elevado e apnéia do sono.

Riscos: Aproximadamente 10 a 20% das pessoas necessitam de cirurgia subsequente para corrigir complicações ou efeitos colaterais. O mais frequente é o surgimento de hérnias ou deficiência de vitaminas B12 (corrigida com suplemento ou injeções mensais de B12).

Complicações graves compreendem a ruptura da linha de grampos ou distensão da bolsa gástrica devido ao excesso de alimentação. Um terço dos pacientes desenvolve cálculos biliares. Outro possível efeito colateral é a síndrome de dumping, que ocorre após a ingestão de alimentos com uma concentração maior de açúcar e resulta em sudorese, náusea, fraqueza, dores abdominais e diarréia devido à rápida passagem dos açúcares pelo intestino delgado. A síndrome de dumping pode ser controlada através da atenção à dieta. Qualquer cirurgia sob anestesia geral também envolve algum risco de vida para pacientes.

O Que Acontece Após a Cirurgia de Emagrecimento?

A pessoa se sente satisfeita mais rapidamente e não absorve os alimentos tão bem, o que pode provocar náuseas. Dores abdominais, diarreia e vômitos se ela comer muito de uma só vez ou consumir alimentos ricos em gordura ou açúcar. A maioria das pessoas leva entre 3 e 6 meses para atravessar os quatro estágios da dieta, que vão de líquidos claros sem adição de açúcar a três refeições e um a dois lanches por dia. Intolerância à lactose e deficiência de vitaminas e mineiras são comuns. A má absorção de vitamina B12 e de ferro em mulheres que menstruam pode resultar em anemia. A menor absorção de cálcio pode aumentar o risco de osteoporose. É preciso tomar suplementos de ferro, cálcio e vitamina B12 diariamente pelo resto da vida. Algumas pessoas têm dificuldade com certos alimentos, como carne vermelha, pão ou massa. Outras podem consumir todos os alimentos, inclusive doces, enquanto outras ainda experimentaram mudanças de paladar.

Uma equipe experiente de profissionais de saúde precisa supervisionar a transição para alimentos integrais e encontrar os níveis corretos de suplementos vitamínicos e de cálcio.

Se você tomar bebidas altamente calóricas e ficar beliscando o dia todo, poderá readquirir o peso que perdeu.

É preciso se responsabilizar pelos seus hábitos alimentares por toda a vida, se quiser manter o peso conquistado.

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