Mulheres grávidas com diabetes não diagnosticadas são um grupo de alto risco e podem se beneficiar de intervenções precoces. Extrapolando a partir de dados fora da gravidez , a HbA1c≥6.5% (48 mmol/mol) é recomendada para definir diabetes na gravidez.

Os objetivos do estudo, publicado pelo periódico Diabetes Care, foram determinar o limiar deHbA1c ideal para a detecção de diabetes no início da  gravidez , tal como definido por um teste oral de tolerância à glicose ( TOTG) antes de 20 semanas de gestação e examinar os resultados da gravidez  relacionados a este limite.

A HbA1c foi medida em média com 47 dias de gestação em 16.122 mulheres.

Das convidadas, 974/4.201 (23%) levou a cabo a realização de um TOTG precoce. Neste subgrupo, HbA1c ≥5.9% (41 mmol/mol) capturou todos os quinze casos de diabetes, sete comHbA1c³ <6,5% (<48 mmol/mol).

Este limiar de HbA1c também foi 98,4% (IC 95% 97-99,9%) específico para  Diabetes mellitus Gestacional ( DMG)  antes de 20 semanas (valor preditivo positivo=52,9%).

Na coorte total, excluindo mulheres encaminhadas  para o tratamento de Diabetes mellitus Gestacional , as mulheres com HbA1c³ de 5,9-6,4% (41-46 mmol/mol; n=200) apresentaram piores resultados na gravidez  do que aquelas com HbA1c<5,9% (<41 mmol/mol; n= 8.174): o risco relativo (IC 95%) de uma grande anomalia congênita foi de 2,67 (1,28-5,53), o de pré-eclâmpsia  foi de 2,42 (1,34-4,38), de distocia de ombro foi de 2,47 (1,05-5,85) e o risco de morte perinatal foi de 3,96 (1,54-10,16).

Os resultados mostram que as dosagens de HbA1c foram prontamente realizadas, em contraste com a fraca adesão ao TOTG. HbA1c ≥5.9% (≥41 mmol/mol) identificou todas as mulheres com diabetes e um grupo com aumento significativo no risco de apresentar resultados adversos na gravidez .