Pâncreas artificial com hormônio único apresentou melhor controle glicêmico do que terapia convencional com bomba de insulina em diabéticos tipo 1

Fonte: The Lancet Diabetes & Endocrinology, publicação online, de 27 de novembro de 2014
Notícia publicada em: 02.12.2014
Autor: Indefinido

O  pâncreas artificial é uma tecnologia emergente para o tratamento do   tipo 1 e duas configurações têm sido propostas: pâncreas com  hormônio único (somente  insulina) e o  pâncreas duo-hormonal ( insulina e  glucagon).

O objetivo do trabalho publicado pelo  The Lancet  Diabetes & Endocrinology foi delinear a utilidade do  glucagon no sistema de  pâncreas artificial.

Foi realizado um ensaio clínico  randomizado e cruzado com uso de  pâncreas artificial com  hormônio único,  pâncreas artificial com dois hormônios e  terapia convencional com  bomba de insulina (infusão contínua de  insulina subcutânea) em participantes diabéticos tipo 1, com idade igual ou superior a 12 anos.

Os participantes foram distribuídos na proporção de 1: 1: 1: 1: 1: 1 com randomização bloqueada para as três intervenções e compareceram a um centro de pesquisa em três visitas de 24 horas de estudo.

Durante as consultas , quando o paciente utilizava o  pâncreas artificial de  hormônio único a  insulina foi entregue com base em leituras de sensores de  glicose e um algoritmo de dosagem preditiva.

Durante o uso do  pâncreas artificial com dois hormônios, o  glucagon também foi entregue durante a queda de  glicose ou quando ela estava baixa.

Durante as consultas de pacientes em uso de terapia com  bomba de insulina convencional, os pacientes receberam infusão contínua de  insulina subcutânea.

O estudo não foi mascarado.

O desfecho primário foi o tempo durante o qual as concentrações de  glicose no  plasma estavam no intervalo alvo (4,0 a 10,0  mmol/L para a  glicemia pós-prandial em duas horas e 4,0 a 8,0  mmol/L para as outras situações).

Episódios de   foram definidos como a concentração de  glicose no  plasma de menos do que 3,3  mmol/L com  sintomas ou inferior a 3,0  mmol/L, independentemente dos  sintomas.

A análise foi por intenção de tratar modificada, na qual foram incluídos dados de todos os pacientes que completaram pelo menos duas visitas. Um valor p inferior a 0,0167 (0,05/3) foi considerado significativo.

A proporção média de tempo gasto no intervalo alvo da  glicemia plasmática ao longo de 24 horas foi de 62% [desvio padrão (DP) 18] com o  pâncreas artificial de  hormônio único, 63% (18) com o  pâncreas artificial com dois hormônios e 51% (19) com a  terapia convencional com  bomba de insulina.

A diferença média de tempo gasto no intervalo alvo entre o  pâncreas artificial com  hormônio único e terapia com  bomba de insulina convencional foi de 11% (17; p=0,002) e entre  pâncreas artificial duo-hormonal e terapia com  bomba de insulina convencional foi de 12% (21; p=0,00011).

Não houve diferença (15; p=0,75) na proporção de tempo gasto no intervalo alvo entre os sistemas de  pâncreas artificiais duo-hormonal e de  hormônio único.

Houve 52 episódios de   com a  terapia convencional com  bomba de insulina (12 dos quais eram sintomáticos), 13 com o  pâncreas artificial com  hormônio único (dos quais cinco eram sintomáticos) e 9 com o  pâncreas artificial com dois hormônios (sem eventos sintomáticos).

O número de episódios de  hipoglicemia noturna foi de 13 (nenhum  sintomático), zero e zero, respectivamente.

Os sistemas de  pâncreas artificiais com  hormônio único e com dois hormônios proporcionaram melhor controle glicêmico do que a  terapia convencional com  bomba de insulina.

 O  pâncreas artificial com  hormônio único pode ser suficiente para o controle glicêmico com noites livres de  .

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