Um dispositivo que usa o olho para medir os níveis de glicose no sangue está um passo mais perto de ser disponibilizado ao público após a concessão de uma patente
Atualmente chamado de glicosímetro óptico, o produto pioneiro foi desenvolvido pelo professor Bill Baker após o diagnóstico de Diabetes 2 em 2003.
O físico teórico da Furmin University, na Carolina do Sul, rapidamente se cansou dos testes de picadas nos dedos e decidiu aplicar suas habilidades para encontrar uma maneira menos invasiva de verificar os níveis de glicose.
O professor Baker disse:
“Percebi que, depois de uma refeição, minha visão ficou turva. Pensei: ‘qual é a origem disso?'”
Na época, um amigo oftalmologista explicou que a lente do olho reage a alterações nos níveis de glicose no sangue, o que fez o professor Baker pensar em como poderia ser usado para ajudar pessoas com Diabetes Tipo 2.
Ele contou com a ajuda do professor Paige Ouzts, físico de laser infravermelho da Universidade Lander, para ajudar a explorar outras opções.
Ouzts disse:
“Quando começamos, queríamos saber se havia outra maneira de detectar a glicose no sangue. Ela se transformou com o tempo. Pensamos que, como seu corpo é um emissor de infravermelho, por que não podemos usar a tecnologia de infravermelho? Sensores infravermelhos?”
Trabalhando juntos, eles desenvolveram o dispositivo, que usa sensores infravermelhos para tirar uma foto do olho.
Explicando com mais detalhes como ele funciona, o professor Baker disse:
“Você cria uma imagem do olho nos comprimentos de onda apropriados, e isso pode ser usado para determinar a concentração real de glicose no fluido do seu olho. É tão bom quanto um glicosímetro”.
Depois de passar anos testando a tecnologia no Prof Baker, a dupla decidiu que o dispositivo estava finalmente pronto para a próxima etapa e solicitou ajuda da Universidade Furmin. A universidade registrou a documentação da patente que já foi concedida. É a primeira patente a pertencer à instituição em seus quase 200 anos de história.
O produto terá mais desafios a enfrentar antes que possa ser disponibilizado para uso pelo público. Serão necessários testes para garantir que seja seguro e preciso antes que possa ser aprovado pelos órgãos reguladores.
Fonte: Diabetes News – diabetes.co.uk – Por: Benedict Jephcote, 15 out 2019.