Fonte: Portal da SBD
Notícia publicada em: 24.09.2014
Autor: Dr. Walter Minicucci Presidente da SBD
A decisão do Ministério da Saúde no sentido de negar a disponibilização de análogos de insulina até mesmo para populações especiais (crianças, gestantes e pacientes com hipoglicemia não percebida) causou profunda indignação nos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento desses pacientes com maior risco de hipoglicemia, que efetivamente necessitam dessa classe de medicamentos.
O Dr. Walter Minicucci, Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, assim se manifestou:
“ O governo brasileiro continua com inverdades e distorções a respeito do uso de análogos de insulina. Segundo a matéria que foi produzida pelo jornal Folha de São Paulo, agora o Ministério da Saúde diz que as insulinas análogas são produtos mais recentes e que se encontram sob vigilância pós-comercialização!!! O primeiro análogo de insulina de curta duração foi lançado nos Estados Unidos ainda em 1996, portanto, há quase 20 anos… O primeiro análogo de insulina de longa duração foi lançado no ano 2.000, portanto, há 14 anos… E todos os análogos lançados até hoje apresentam um desempenho terapêutico e uma segurança de uso maior do que as insulinas tradicionais. Em resumo, o argumento agora utilizado pelo Ministério da Saúde não corresponde à verdade. Resta a nós lutarmos contra este olhar distorcido e perguntarmos para os nossos legisladores nesta área se eles sabem que as sociedades médicas em todo o do mundo, envolvidas no tratamento do Diabetes, recomendam um tratamento diferenciado do diabetes tipo 1 em determinados grupos de maior risco de hipoglicemias graves e que no primeiro mundo é este o tratamento dado para esses pacientes e que, infelizmente, é negado para a população diabética brasileira mais necessitada”.
Segundo o Dr. Walter Minicucci, o governo optou por dar tratamento de segunda classe a esses grupos de pacientes com diabetes tipo 1.
Dr. Walter Minicucci
Presidente da SBD